Nathasha e Guilherme Antunes, pais de Théo, lutam por conscientização do autismo

 


Nas últimas décadas, observou-se um aumento na incidência de casos de autismo, o que levanta  inquietações sobre como tal diagnóstico foi feito e como a notícia foi transmitida aos pais ou entes queridos sobre esses assuntos.

Sabe-se, também, da importância dos profissionais estarem preparados para o trabalho simultâneo com a pessoa que possui autismo e sua família. É importante que a mesma faça o luto do filho imaginado, para poder lidar com o filho real.


Sobretudo, o diagnóstico de “autista” causa grande angústia e frustração, vergonha e medo nos pais. Logo, desamparados pela perda do filho perfeito, calam-se pela doença e acabam esquecendo a criança e focando no autismo, em si, na relação com o filho.

A família Souza Antunes, por sua vez agiu de forma diferenciada. Nathasha Thais Souza Antunes e Guilherme Antunes, ambos com 28 anos, pais do pequeno Théo Souza Antunes de três anos, residentes da cidade de Balneário Camboriú-SC. Ao saberem sobre a patologia do jovem Théo, procuraram informações e tratamentos específicos para seu filho.


Em meio a tanta escassez nos tratamentos através do SUS (SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE),  Nathasha e Guilherme descobriram a patologia do filho, então com dois anos de idades, e exatamente há um ano estão na fila de espera para que o pequeno Théo possa fazer tratamentos adequados pelo SUS.


Na demora para início de tratamentos os jovens pais buscam recursos em planos de saúde para que Théo possa se adequar e ser incluído com dignidade na sociedade. "Uma lástima morar em um país e em uma cidade que consideramos de primeiro mundo, não termos tratamentos, terapias adequadas para crianças atípicas, mesmo assim, com tantas dificuldades eu e meu esposo, não tratamos nosso filho com diferenças, até mesmo porque sabemos o grau de inteligência que ele possui". Palavras de Nathasha Thais.

Em conversa com nossa equipe Guilherme Antunes nos confessou: "No início senti muito medo, não sabia o que fazer e como agir e reagir, medo de como iríamos incluir nosso anjo nesta sociedade tão preconceituosa. Após fazermos terapia em família, isto é muito importante não somente para os que sofrem de autismo, mas para nós os pais também. Entendi que para nosso filho crescer bem, precisa de nosso apoio, e nossas igualdades, isto fará dele um homem maravilhoso." 

Os pais de Theo, além de passar horas com o pequeno, também preenchem a agenda semanal,  com cursos, terapias, fonoaudiologia, zoológico, carrinhos e  futebol, um dos esportes preferidos de Théo.

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância. São elas: Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil. Autismo de Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico. Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação, Transtorno Desintegrativo da Infância e a Síndrome de Asperger.



Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (referência mundial de critérios para diagnósticos), pessoas dentro do espectro podem apresentar déficit na comunicação social ou interação social (como nas linguagens verbais ou não verbais e na reciprocidade sócio emocional) e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou  hipersensibilidade a estímulos sensoriais.

Todos os pacientes com autismo partilham estas dificuldades, mas cada um deles será afetado em intensidades diferentes, resultando em situações bem particulares. Apesar de ainda ser chamado de autismo infantil, pelo diagnóstico ser comum em crianças e até bebês, os transtornos são condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da vida.


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