DIA DA AMAMENTAÇÃO: MÃES RELATAM A EXPERIÊNCIA DESTE MOMENTO

 

O mês de agosto já começou com uma grande data. Nesta segunda (1º), é comemorado o Dia Mundial da Amamentação, com o intuito de informar as pessoas sobre a importância deste ato.



Segundo a Biblioteca Mundial do Ministério da Saúde, a “Semana Mundial de Aleitamento Materno teve início em 1990, num encontro da Organização Mundial de Saúde com a UNICEF, momento em que foi gerado um documento conhecido como “Declaração de Innocenti”. Para cumprir os compromissos assumidos pelos países após a assinatura deste documento, em 1991 foi fundada a Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (WABA, sigla em inglês). Em 1992, a WABA criou a Semana Mundial de Aleitamento Materno e, todos os anos, define um tema a ser explorado e lança materiais que são traduzidos em 14 idiomas com a participação de cerca de 120 países”.

Este ano, tem como lema: “Fortalecer a amamentação: educando e apoiando”.

Em conversa com a Auxiliar de Enfermagem, Karine Almeida, 20 anos, relatou que o ato de amamentar, além de ser algo natural, também acaba sendo prático, pois “não é necessário esterilizar e nem levantar-se pela noite para preparar mamadeiras”.

Entretanto, é claro que infelizmente, algumas mães acabam não conseguindo realizar este ato, por falta do leite ou outros requisitos de saúde. Desta forma, é importante a doação de leite materno pelas demais mães, para suprir estas faltas, ou o acompanhamento médico para garantir a melhor fórmula para o bebê.

Karine relatou também os benefícios do leite materno para a saúde do bebê, visto que sua composição natural contém mais vitaminas.

“O leite materno contém todas as proteínas, açúcar, gordura, vitaminas e água que seu bebê necessita para ser saudável. Além disso, possui determinados elementos que o leite integral não consegue incorporar, tais como, anticorpos e glóbulos brancos”.

Portanto, com o leite materno é possível proteger o bebê de determinadas doenças e infecções, dentre elas, otites, alergias, pneumonias, bronquiolites e meningites. O ato de amamentar também “melhora o desenvolvimento mental do bebê”, segundo a técnica de enfermagem.

Contudo, já para as mamães, amamentar estabelece a ligação emocional – o vínculo afetivo – entre você e o bebê. Segundo Karoline, “um vínculo afetivo sólido facilita o desenvolvimento da criança e o seu relacionamento com as outras pessoas. A mãe que amamenta se sente mais segura e menos ansiosa”.

Outra boa notícia é que a amamentação ajuda na perca de calorias e faz o útero regressar ao seu tamanho normal. “A perda de sangue depois do parto acaba mais cedo, protege do cancro da mama que surge antes da menopausa, protege do cancro do ovário e protege da osteoporose”, alertou Karine.

Experiências vivenciadas

A Revista Dnews conversou também com duas mães que amamentaram pela primeira vez. Bianca Almeida, 24 anos, amamenta há 10 meses. Antes do nascimento, fez poucas pesquisas sobre a pega correta da amamentação e as pomadas para aliviar as dores, o que à ajudou bastante, pois, teve algumas dificuldades no início. “No início sofri muito, os dois seios ficaram machucados, chegava a sangrar, doía muito e incomodava qualquer coisa que tocava (sutiã, pijama, água). Usei uma pomada e melhorou 100%”, relatou.

Mesmo com toda a dificuldade, sua bebê se adaptou muito bem a amamentação. Segundo a mamãe, a amamentação “é extremamente importante, aumenta o vínculo com o bebê e ajuda na imunidade”.

Do mesmo modo, Loredana Cordoni, 31, Engenheira Mecânica, fez pesquisas durante a gestação, realizando até mesmo um curso pré-natal. “Fiz sim pesquisa, a gente fez um curso com uma enfermeira que foi em casa e levaram bonecos e bastantes itens. Depois, quando o neném nasceu, as enfermeiras do hospital foram muito boas, tiveram bastante paciência, me ajudaram bastante e eu fiquei bem à vontade para tirar as dúvidas com elas”, comentou com uma certa alegria.

Se adaptar a amamentação, também foi dificultoso para a engenheira, que ficou bem dolorida, demorando cerca de um mês e meio para se adaptar. Porém, como Cordoni precisava retornar ao trabalho, amamentou por nove meses e hoje, seu bebê se adapta a mamadeira. “Eu comecei a trabalhar, comprei a bombinha para retirada do leite, mas, não era suficiente do que ele estava precisando, assim, acabei desmamando”.

Mesmo com a dificuldade dos primeiros meses, o bebê Inácio acabou se adaptando muito bem, tanto a amamentação materna, quanto agora, com a mamadeira, deixando a mamãe “superconfortável de ver tudo o que ele estava mamando e ganhando bastante peso”.

Assim também, Loredana acha muito importante amamentar e entregar ao seu filho tudo o que ele precisa.

“A importância da amamentação é a parte de que o bebê está recebendo exatamente o que ele precisa, em termos de nutrientes, anticorpos, acho que é perfeito para o bebê, ainda mais no primeiro mês, que ele ainda é sensível e está se adaptando”, finalizou a engenheira.

Os eventos sobre a importância da amamentação seguem por todos os países, em hospitais e postos de saúde, durante todo o mês de agosto.

*Matéria original publicada no site da Revista Dnews pela Jornalista Eliana Ferreira. Acesse o site clicando aqui.*

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