Com direção de Norma Blum, Cia Coreutas de Teatro estreia espetáculo "Amantes Irmãs"

 

O espetáculo de inauguração da Cia inova em suas apresentações, escolhendo como palco o Cabaret da Cecília.

 


Estreou, no dia 2 de junho, o espetáculo “Amantes Irmãs”, da Cia Coreutas de Teatro, com direção da renomada Norma Blum, que regressa ao teatro cerca de uma década após seu último espetáculo. As apresentações acontecem às quintas-feiras, às 20h30, no Cabaret da Cecília, até 28 de julho.

Imagine: E se reaparecesse, na sua vida, um irmão que você não vê há mais de 20 anos por conta de uma briga familiar? E se esse irmão, agora, fosse uma mulher transexual e prostituta? E se você descobrisse que ela é amante do seu marido? A partir disso, três irmãs (Ariel, Carmem e Inês), filhas de um casal religioso, decidem torturar e assassinar o rapaz infiel.

Carmem, a mais velha, segue o caminho dos pais e se refugia, fervorosamente, nos ensinamentos da Igreja Católica. Ariel, a filha do meio, se descobre transexual na adolescência e é expulsa de casa, perdendo contato com todos, exceto com Carmem. Inês, a mais nova, é mimada e casada com Estevão, um homem mais velho e com uma boa situação financeira.

Em meio a tantas reviravoltas, Ariel e Inês descobrem que são amantes do mesmo homem – Estevão. Inês é casada com Estevão, que é cliente de Ariel, sem saber que ela é a irmã renegada de sua esposa. Carmem, ao saber da situação, reúne as irmãs e as convence de que Estevão deve morrer, extinguindo, assim, todo o pecado que pairou sobre sua família. A partir desse momento está armada a vingança com requintes de BDSM (Bondade, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo).

A direção do espetáculo fica nas mãos da icônica Norma Blum, que conta com 70 anos de carreira em teatro, cinema e televisão. Além de ser autora de livros publicados, tanto no Brasil como na Espanha. “Dirigir essa turma me mantém viva. Este texto é atemporal, traz elementos de cena que casam com qualquer época, podendo ser feita a montagem do espetáculo de 1910 a 2022”, diz a diretora.

A obra tem como objetivo a crítica à hipocrisia da sociedade, assim como fazia Nelson Rodrigues. Os conflitos dos personagens também trazem influências dos autores Federico García Lorca e Chico Buarque, além de grande inspiração nas obras existencialistas de Jean Paul Sartre. “Questões como transfobia, machismo, misoginia, fanatismo religioso e recusa ao direito do aborto são tratados no texto de forma a fazer o público se questionar se realmente é contra ou a favor de tais temas”, completa Fellipe Defall, autor do texto e fundador da Cia Coreutas de Teatro.

Vale comentar que o Cabaret da Cecília foi escolhido por dialogar perfeitamente com a temática abordada no espetáculo, por ser um espaço ligado às artes e por estar em uma região de fácil acesso do público em geral.

O espetáculo conta com o patrocínio da Trilha Mix, confecção de moda feminina, cujos produtos são 100% brasileiros. Bem como apoio de Priscila Marques Psicologia, Led (Iluminação) e La Gitana (Agência de Eventos).

 

Serviço.

 

Data: quintas-feiras – de 2/6 a 27/7.

Horário: 20h30.

Local: Cabaret da Cecília – Rua Fortunato, 35 - Santa Cecília.

Classificação etária: 18 anos.

Ingressos: R$40,00 (inteira) e R$20,00 (meia-entrada).

 

Por: Clilton Paz.

Fonte: Carlos Augusto Rodrigues.

Foto: Divulgação.

 

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