Carnaval: Respeito + Comprometimento = Resultados Positivos


Por Helder Sátiro/ Jeferson Kim

IG: @helder_satiro , @jeferson.kim 

Você já ouviu falar no termo máquina do carnaval ?!

Talvez essa frase seja dita por muitos, mas fica a pergunta, será que todos aqueles que a dizem, sabem na prática daquilo que bem o dizem?!

Ao olhar atentamente o funcionamento de todo um processo, fica claro para aqueles que acompanham de perto e com seriedade "e estes são poucos por vezes" que andorinhas não voam sozinhas. Carnaval não é feito só de comando, ou só de criação. Carnaval é feito pelo povo e para o povo, oriundo de dentro das suas comunidades ou pelo menos deveria ser assim. Pois muitas vezes e principalmente ao se tratar de agremiações menores e com desvantagem financeira, essa prerrogativa não funciona fluidamente como se deveria e isso se dá pela inversão da presença, ou melhor dizendo ausência de pessoas sejam elas da comunidade ou não,  dispostas e disponíveis ao trabalho, a colaboração e ao êxito progressivo que nos guia para o caminho do sucesso. Quando isso não acontece , é visto um pesar sobre os setores da agremiação,  que definham sobre a própria sombra. Com possível potencial para alcançar grandes honras, acabam não chegando nem perto do objetivo que de coletivo só ficam os sonhos. 

Da minha experiência particular,  foi visto Carnavalescos esmerando em perfeição dentro das possibilidades ao esgotamento mental e físico, sem ďeixar faltar talento, esforço e vontade. Mas não são suficientes quando não recebem apoio devido e merecido. Vi um Presidente que se confundiu entre os aderecistas, e trabalhadores de um barracão, isso dos poucos que haviam. Vi um diretor de carnaval dedicado, vi voluntários que não são da comunidade presentes,  vi familiares preocupados, vi um diretor de bateria se preocupando com o que não fazia parte do seu trabalho, pois ao subir em um carro alegórico para forrar, colar, adereçar mostrou que domina muito mais do que notas de um compasso musical. Vi um coreógrafo de comissão de frente entregue por inteiro para que o seu projeto fosse visível aos olhos de quem o julgaria com a nota máxima e colocando a mão na massa apoiado por sua namorada. Vi um casal de MS e PB sem experiência se empenhar tanto que mesmo não chegando a excelência perfeição,  foram perfeitos em sua determinação, seu aprendizado, e sua cooperação para o crescimento de ambos. Mas e todo o resto? Destes, muitos nunca vi, poucos, vi querendo apenas envaidecer-se atrás de status, outros nem braçal e nem moral.

Na conclusão, sem que me estenda mais, espero que no próximo carnaval eu possa ver diferente do que antes foi visto, que eu possa ver carnavalescos sendo carnavalescos com respeito e orgulho,  que o presidente seja então respeitado e agregado por outros como tal, e que toda a comunidade vista a camisa ou a sua fantasia não só e apenas   na hora de colher os louros por um trabalho que era para ser feito por dezenas de pessoas, mas que foi construído por meia dúzia. E dito isso que a alegria não seja apenas o nome da agremiação, mas um estado de graça e conquista da união de um todo. Pois 2023 bate na porta e o desafio está lançado,  mas se não for abraçado e aceito pela maioria, sem egos, ou brigas por status e poder. Será que vale a pena?!

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